Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS)… Doença rara de meia idade – como a fonoaudiologia pode ajudar

Atrofia de Múltiplos Sistemas – AMS é considerada uma doença rara, pois a sua incidência afeta um número limitado de pessoas em relação à população total, definido como menos de uma em cada 2.000 pessoas, exemplificando.

A AMS é uma doença neurodegenerativa que afeta muitos dos sistemas que são tidos como vitais em nosso dia a dia, como: respiração, deglutição e fala.

O tratamento farmacológico é limitado, e a resposta à levodopa (fármaco usado no tratamento das síndromes parkinsonianas), conforme algumas pesquisas demonstram, quando acontece, só é observada nos estágios iniciais da doença. O tratamento também aponta para a necessidade de apoio multidisciplinar ao paciente, com fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e enfermeiros.


A AMS é também conhecida como degeneração estriatonigral, atrofia olivopontocerebelar ou síndrome de Shy-Dragger. Não é considerada uma doença hereditária e geralmente afeta homens e mulheres de meia idade. A falta de conhecimento sobre a doença leva a falhas no diagnóstico e tratamentos incorretos.

Os sintomas podem aparecer em várias combinações:

  • perda de equilíbrio e coordenação,
  • problemas na marcha,
  • dificuldades na alimentação*,
  • tosse,
  • engasgos,
  • *riscos de aspiração/ *pneumonia aspirativa e *até levar a óbito, e , se após um determinado período;

Caso o paciente não seja assistido adequadamente por equipe médica

  • (neurologista, fisiologista, pneumologista, geriatra),
  • fonoaudiólogo, (atuando nos aspectos *alimentares/ *deglutição, respiração, manutenção de secreção não produtiva no tudo laríngeo, fala, voz e organização destes sistemas)
  • fisioterapeuta (respiratório inferior/ pulmão, marcha/ membros inferiores, superiores, etc.)
  • psicólogo (suporte emocional)
  • terapeuta ocupacional (manutenção das atividades diárias do paciente).

A atrofia de múltiplos sistemas (AMS) é caracterizada pela presença de sinais parkinsonianos, cerebelares, autonômicos e piramidais, em várias combinações. O aparecimento de disartria e disfagia no primeiro ano de manifestação de parkinsonismo, sugere o diagnóstico de AMS.

Sabe-se que o aparecimento de disartria e disfagia durante o primeiro ano de doença, em paciente com parkinsonismo de etiologia degenerativa, sugere fortemente o diagnóstico de AMS ou outras formas de parkinsonismo atípico.

O grau de conhecimento de uma doença rara determina tanto a rapidez com que é diagnosticada como a qualidade das coberturas médica e social. A percepção do doente da sua qualidade de vida está mais ligada à qualidade dos cuidados do que à gravidade da doença ou ao grau das deficiências associadas.

Ajude ao próximo, se ajude!! Se ame, ame ao outro!! Seja multiplicador do saber!!!

Sabe-se que o aparecimento de disartria e disfagia durante o primeiro ano de doença, em paciente com parkinsonismo de etiologia degenerativa, sugere fortemente o diagnóstico de AMS ou outras formas de parkinsonismo atípico

Se você conhece alguém que possui sintomas como: diminuição da mímica facial/ capacidade para se expressar por meio da musculatura facial, expressando sentimentos; dificuldades na mastigação, deglutição/dificuldades para engolir alimentos (sólidos , líquidos, pastosos), fala robotizada, voz áspera, ou pastosa; lentificada, diferente da habitual, dificuldades na linguagem gestual ,(como escovar os dentes, pentear o cabelo, fazer o sinal da cruz) respiração com dificuldades, tremor em mãos; dentre outros… É hora de procurar suporte médico… É hora de procurar por seu fonoaudiólogo!!!

A qualidade de vida e o atendimento precoce garantirá uma melhor qualidade de vida para o paciente que necessita do suporte multidisciplinar de caso.