Você acha que seu filho tem refluxo? Tenha calma. Não é qualquer volta de leite que o bebê apresenta que pode indicar que ele tem o problema. “Os adultos confundem a regurgitação comum, que ocorre com cerca de 50% dos bebês e não interfere em seu desenvolvimento, com o refluxo gastroesofágico, que merece atenção especial.
Problemas alimentares são queixas clínicas frequentes em consultórios fonoaudiológicos. Seu estudo é importante pois, mesmo quando não determinam repercussões nutricionais ou déficit de crescimento, podem comprometer a qualidade de vida da criança e da família e prejudicar a administração das dietas. Do ponto de vista fonoaudiológico, pode-se dizer que o padrão alimentar não está adequado quando os alimentos que constituem o cardápio da criança não favorecem a evolução das funções motoras orais ou quando há risco de aspiração alimentar.
O principal sintoma do refluxo gastresofagiano é a regurgitação que ocorre após as mamadas. No entanto, em muitos casos, o refluxo gastresofagiano e suas consequências nefastas podem existir mesmo que as regurgitações não sejam visíveis para a família. Isso ocorre principalmente à noite, quando a criança dorme em posição que facilite o refluxo.
A presença de problemas alimentares não indica necessariamente a existência de uma entidade clínica específica, de origem orgânica ou não-orgânica
possível de ser identificada.
Avaliação das estruturas estomatognáticas, visando a identificação de alterações de forma, tamanho e postura, capazes de interferir no desempenho das funções de sucção, mastigação e deglutição, exame das seguintes estruturas: lábios, língua, palatos duro e mole, frênulos labiais e lingual, dentes, gengiva, bochechas e amígdalas também são muito importantes nestes casos para tratamento e melhor conduta diversificada para cada caso.
O que causa o refluxo gastresofagiano em crianças pequenas é a hipotonia (fraqueza) de um pequeno músculo situado entre o estômago e o esôfago, chamado cárdia, que, em situação normal, impede que o conteúdo ácido do estômago reflua para o esôfago durante o processo digestório.
As principais orientações posturais a serem praticadas em casa são:
- Colocar sempre a criança para arrotar após as mamadas.
- Nunca deixar a criança deitada na posição horizontal.
- Elevar a cabeceira do berço em ângulo de quarenta e cinco graus, seja pela colocação de calço nos pés do berço, seja pela colocação de cobertores e travesseiros por baixo do colchão.
- Confeccionar pequeno suporte de pano, costurando quatro tiras sobre as extremidades de um quadrado de pano, o qual será colocado por entre as pernas da criança e amarrado à cabeceira do berço, de modo que a criança não escorregue, durante o sono, mudando de posição.
- Deitar a criança em decúbito lateral, sobre o lado direito ou de bruços, sem travesseiro.
- Não usar roupas apertadas. Não movimentar muito a criança.
O tratamento do refluxo gastresofagiano prolonga-se por alguns meses e requer perseverança e paciência dos pais, uma vez que nem sempre se conseguem resultados a curto prazo. A cirurgia é reservada a número muito pequeno de casos, depois da não adaptação ao tratamento clínico. A maioria das vezes, no entanto, o problema se resolve com o decorrer do tempo, à medida que a musculatura da cárdia começa a se fortalecer e após suporte fonoterápico especializado e acompanhamento pediátrico de rotina. Venha conhecer mais.
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