Antes de conversarmos sobre o tema, que tal conhecermos de perto o que é Equoterapia?
A Associação Nacional de Equoterapia (ANDE – BRASIL) em 1999, define essa terapia como “(…) um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou com necessidades especiais”.
A variedade de movimentos disponíveis pelo cavalo favorece o terapeuta a graduar a quantidade de informações sensoriais a serem enviadas ao praticante, associadamente a outras técnicas terapêuticas para chegar a um objetivo comum.
Mas como essas informações sensoriais podem de fato ajudar o paciente a melhorar em um tempo menor que nas terapias convencionais?
As informações chegam ao cérebro em várias regiões ao mesmo tempo e a partir daí, os neurônios são estimulados e utilizados, fixando e, com isso, fazem novas conexões para que outras informações sejam armazenadas. As conexões formadas podem levar a uma mudança na arquitetura cerebral o que causa uma série de novos ajustes, dando-se, assim, o desenvolvimento do cérebro. Os neurônios aumentam ou diminuem sua atividade, de acordo com a excitação ou inibição de impulsos elétricos com outros neurônios a eles conectados; por meio da prática da equoterapia.
Enquanto estamos montando, nosso cérebro está em constante atividade para que os ajustes posturais, motores, respiratórios etc., sejam feitos. Isso coloca o praticante em alerta e sua atenção trabalha a nosso favor, permitindo que sejam feitas as estimulações necessárias.
Bem, e a relação da Fonoaudiologia com tudo isso? No acaso da Fonoaudiologia, procura-se propor situações de comunicação. Aproveitando o cavalo e o ambiente terapêutico diferenciado, podemos trabalhar desde o aumento do vocabulário até, em casos mais graves, gestos comunicativos.
Para que ocorra a produção da fala também é necessário a adequação do tônus postural, ritmo, posicionamento correto de cabeça e corpo, sem esquecer a importância da coordenação fono-respiratória. E, o movimento tridimensional que o cavalo produz, influenciará diretamente nestes músculos, controlando a postural, os músculos da cavidade oral, os músculos da laringe e a respiração.
Quando aliados à prática da musicoterapia, produzem resultados ainda melhores.
Vença suas próprias barreiras e renda-se ao poder de recuperação imensurável da fonoaudiologia e equoterapia!!