A gagueira é um distúrbio neurobiológico, de ocorrência involuntária, ou seja, a criança não gagueja porque quer.
Por ser considerada um distúrbio que afeta a temporalização da fala, uma das posturas mais positivas que os pais podem tomar seria ter uma atenção especial ao conteúdo da mensagem da criança e não na sua forma de falar, respeitando o seu tempo na transmissão da mensagem verbal. Além disso, os pais e todos aqueles que convivem com a criança podem desenvolver outras posturas, tais como:
- Fazer com que a criança perceba que os pais estão atentos e interessados na sua mensagem e que eles tem o tempo suficiente para ouvi-la;
- Manter o contato visual e evitar mostrar constrangimentos durante a comunicação, mesmo frente a momentos de gagueira;
- Quando a criança gaguejar, não falar expressões do tipo: “respire antes de falar”, “fique calma”, “relaxe”, pois a mesma ficará ainda mais preocupada com seu distúrbio, o que pode contribuir para o aumento da gagueira. O ideal é, então, aguardar que a criança termine sua fala, sem interrompê-la ou completar as palavras por ela, comunicar-se articulando bem as palavras e de uma maneira mais lenta. Enfim, respeitar o tempo e a forma de falar da criança;
- Criar um ambiente que auxilie no desenvolvimento da comunicação da criança através do lúdico, isto é, de jogos, brincadeiras, do faz de conta, leitura e interpretação de contos e histórias infantis. Essas atividades podem contribuir para o aprimoramento da fala da criança, dando-lhe, inclusive, mais segurança ao falar.
- Faz–se primordial a necessidade de uma avaliação com o fonoaudiólogo, pois este profissional poderá diminuir o sofrimento do falante ao efetuar avaliação e tratamento para a gagueira.