Os bebês hipotônicos descansam com seus cotovelos e joelhos frouxamente estendidos, enquanto bebês com tônus normal tendem a flexionar os cotovelos e joelhos. O controle da cabeça pode ser deficiente ou inexistente em bebês com flacidez.
Ao carregarmos o bebê temos a sensação de se estar carregando uma boneca de pano e percebemos que o corpo da criança é flácido, como uma boneca de pano.
Ao compararmos um bebê normal com o hipotônicos; os bebês com tônus normal podem ser levantados colocando-se as mãos embaixo das axilas, enquanto os bebês hipotônicos tendem a deslizar entre as mãos da pessoa que o segura, à medida que se levantam os braços do bebê.
Segundo os conceitos de Bobath, o mesmo, define a paralisia cerebral como uma lesão no cérebro imaturo, comprometendo o movimento e a postura. Essa lesão está frequentemente associada a problemas de fala, visão e audição, assim como a vários tipos de distúrbios da percepção e a certo grau de retardo mental e/ou epilepsia.
No caso da deficiência física, mais especificamente daquela que é consequência da paralisia cerebral, atualmente conhecida como disfunção neuromotora e encefalopatia crônica não progressiva (ECNP).
Quando as crianças apresentam, além do motor, outro tipo de comprometimento, relacionado a outros sistemas, como visual, auditivo, tátil, cognitivo ou a distúrbios (neurológico, emocional, linguagem e conduta), trata-se da múltipla deficiência sensorial, ou seja: é a deficiência auditiva ou a deficiência visual associada a outras deficiências (mental e/ou física), como também a distúrbios (neurológico, emocional, linguagem e desenvolvimento global) que causam atraso no desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional, dificultando a sua autossuficiência.
Os comprometimentos que comumente são encontrados na clínica fonoaudiológica referem-se à mímica facial, aos reflexos orais, à alimentação, sialorréia, respiração, articulação, voz, audição e linguagem. O comprometimento da comunicação é bem variável, por isso, é possível encontrar pacientes com poucas dificuldades de linguagem, com distúrbios moderados e até com graves retardos na aquisição da fala.
No que se refere ao desenvolvimento da linguagem, a preocupação maior deve recair na possibilidade de crianças com múltiplas deficiências se comunicarem, mais do que na adequação articulatória e/ou fonêmica, de acordo com o padrão da língua.
É importante ressaltar que o trabalho do fonoaudiólogo com múltipla deficiência, além do desenvolvimento da linguagem, precisa dar conta de todo o funcionamento do sistema estomatognático (doravante SEG). Nesse aspecto, a maior preocupação de muitos profissionais da área diz respeito à alimentação e suas dificuldades, podendo levar a um quadro de disfagia. O termo disfagia refere-se a todos os danos de qualquer parte de unidade de deglutição.
Não poderíamos de citar, com louvor, o papel dos pais neste processo de reabilitação. Nesse contexto, a função materna é fundamental, não só para a manutenção da integridade física, mas também para o desenvolvimento psíquico do bebê, pois o ego imaturo precisa ser fortalecido pelo “apoio egóico” dado pela mãe – é ela que tem em mente a criança como uma pessoa completa.
Sendo assim, o trabalho fonoaudiológico deve estar voltado para esses limites e possibilidades das mães e suas relações com seu filho, devendo procurar ampliá-los, pois assim estará também cuidando da criança.
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