Orientações aos familiares de Afásicos

Afasia é a perda total ou parcial da faculdade de se expressar pensamentos por meio da fala, escrita ou gestos, podendo também interferir na compreensão daquilo que é falado. Ou seja, além do paciente possuir dificuldades na fala, escrita ou gestos; ele pode também apresentar dificuldades em entender aquilo que as pessoas falam com ele. De nada tendo a ver com um problema de inteligência ou dificuldades auditivas /surdez.

A Afasia pode ser consequências diversas: AVCs, infartos, embolias, aneurismas, tumores cerebrais, lesando uma determinada área do cérebro responsável pelos movimentos voluntários e até mesmos involuntários, dependendo do caso.

O tratamento é feito multidisciplinar: Médico, fonoaudiólogo e áreas afins a patologia.

A Afasia não gera apenas prejuízos na área de linguagem, mas também, na psicológica (os indivíduos se tornam introvertidos, mal-humorados, nervosos, tristes e desanimados) o desejo sexual continua presente, mas, a impotência para ereção pode aparecer; dentre outras características.

É sempre bom conversar com seu fonoaudiólogo para que possa melhor direcioná-lo, junto à equipe, a melhor conduta a ser praticada.

Nestes casos a família deverá ter conhecimento sobre:

  • As perdas que o Afásico sofre no dia – a – dia e como ajudar
  • Como pode melhorar a relação com o familiar em casa
  • A melhora do paciente e sua recuperação depende da lesão e do quanto ele é estimulado. É importante assim, dar sequência e sem faltar o tratamento, para não atrapalhar a organização cerebral do paciente e sua melhora. Para tanto qualquer falta, poderá comprometer SERIAMENTE o desenvolvimento do paciente.
  • Não tratar o paciente como criança.
  • Respeite sua opinião e vontades, ele tem sentimentos como você. A independência futura dele começa pelas suas atitudes.
  • Se o paciente possuir dificuldades em suas atividades íntimas, como o banho ou ir ao banheiro, procure um familiar que já o ajudava anteriormente para não constranger ainda mais o mesmo.
  • Faça com que ele retorne suas atividades paulatinamente, e aos poucos. Ex: Ao invés de ficar de pijama o dia todo, peça que ele troque de roupas e ajude nas atividades fáceis em casa.
  • Não obrigue o mesmo a participar de atividades que não queira.
  • Evitar assuntos como doenças, cobranças, que possam atrapalhar o desenvolvimento do paciente.
  • É normal ora o paciente responder corretamente, ora não conseguir. O importante é sempre encorajá-lo a participar.
  • Mesmo que o paciente apresente dificuldades no manuseio de objetos, encorajá-lo a fazer sempre, mesmo que não saia 100 % correto. Ele chegará lá.
  • Quanto a comunicação, sempre se assente de frente ao mesmo, dando importância ao que o paciente fale.
  • Quando a família perceber que o paciente estiver apresentando dificuldades para compreender uma ação, faça uso de objetos concretos. Ex: Pergunte: “Que almoçar? -Segure o prato e pergunte!”
  • Fale com o paciente com velocidade normal, sem cortar ou separar sílabas lentamente.
  • Quando o paciente estiver reunido com muitas pessoas, fale uma pessoa de cada vez; falando sempre frases curtas e simples.
  • Quando não conseguir falar uma palavra ou se expressar muito bem, não cobre, apenas dê o modelo correto.
  • Elogie seus progressos, nunca demonstre ansiedade ou critique.