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PostHeaderIcon EXPRESSIVIDADE E TELEJORNALISMO

Ao longo de minha carreira, tenho me deparado com inúmeros profissionais de jornalismo que buscam assessoria fonoaudiológica para aprimoramento de suas habilidades comunicativas, alguns procuram porque querem ser avaliados para saber em que podem melhorar, outros, por objetivos específicos como suavizar o sotaque e/ou deixar a voz mais grave ou falar com mais profissionalismo.Há também os casos patológicos de fala infantilizada e aguda que vem de modo a afetar a credibilidade do discurso.É importante e extremamente necessária uma avaliação não somente da qualidade vocal ou do sotaque,  ou da respiração; mas da expressividade do repórter/apresentador durante os diferentes momentos do telejornal (off, passagem, cabeça de matéria, entre outros), assim como em diferentes notícias. Na avaliação consideramos vários aspectos, dentre muitos, estão alguns dos aspectos avaliados:•    Qualidade vocal•    Ressonância•    Articulação•    Pitch•    Loudness•    Coordenação pneumofônica•    Tipo respiratório•    Ataque vocal•    Ênfases•    Entonação•    Pausas•    Velocidade de fala•    Sotaque•    Gestos•    Postura•    Meneios de cabeça•    Expressividade facialA riqueza da expressividade, a variação dos recursos vocais e a intenção comunicativa são considerados pontos chave na constituição de uma apresentador/repórter.E ser  expressivo em telejornalismo, significa conseguir utilizar os recursos vocais e corporais para transmitir diferentes intenções ao telespectador, de acordo com a notícia veiculada.Em um de meus trabalhos com telejornalismo, um de meus pacientes ,em uma de suas repostagens,falando sobre a coindição das estradas e o prejuízo dos fazendeirosa; durante o off desta matéria, a repórter fala em velocidade rápida, com poucas pausas e curva entoacional predominantemente ascendente (para o agudo). A intenção da notícia está relacionada à tristeza, pesar, enquanto que a locução está transmitindo agitação, euforia, alegria. Nesses momentos, podemos até nos sentir traídos pela nossa própria voz! Do lado oposto, seria o mesmo caso de um repórter usando uma voz grave, muitas pausas, velocidade lenta e modulação restrita para dizer que o Brasil venceu a copa do mundo de futebol!Atualmente, o mais importante para o repórter/apresentador não é possuir uma voz grave e impostada, mas dominar a utilização dos recursos vocais, ter flexibilidade no uso da voz. O treinamento fonoaudiológico deve favorecer não somente uma produção vocal equilibrada, mas a compreensão do processo comunicativo na transmissão de notícias, com a utilização da voz de acordo com a intencionalidade a ser transmitida. 
 

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