O papel de professores e pais na gagueira:
A gagueira infantil ainda é tema de muitas dúvidas por parte de pais e professores e, tratada, erroneamente, como uma coisa normal, ou como um problema exclusivamente de fundo emocional, causado pelos pais, pelo nervosismo ou pela timidez.
Gagueira é um distúrbio da fala que tem como principais manifestações as disfluências, ocasionando interrupções e reduzindo o fluxo de informação. Além das disfluências podem ocorrer os concomitantes físicos. A gravidade da gagueira pode variar de um quadro leve a muito grave, de acordo com a freqüência de rupturas na fala, com o tempo médio gasto nas disfluências, bem como com a presença de concomitantes físicos. A qualidade de vida do indivíduo que gagueja poderá ser prejudicada dependendo da gravidade do distúrbio e a forma de aceitação da gagueira por parte do próprio indivíduo e dos ouvintes.
Na idade pré-escolar os "erros" na fala ainda são bastante comuns e, até certo ponto, aceitáveis dentro do processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem. Os mais relacionados à gagueira e que merecem atenção são as repetições de palavras, sílabas e sons, os prolongamentos de vogais e os bloqueios, principalmente quando acompanhados de esforço, movimentação facial ou corporal. É comum crianças apresentarem estes comportamentos típicos da gagueira por apenas alguns meses e depois voltarem ao normal sem nenhuma intervenção. Mas se dentro de seis meses não houver melhora pode ser um indicativo de que realmente seja um caso de gagueira.
Já na idade escolar as disfluências são sempre preocupantes e essas crianças precisam de ajuda especializada imediata. Sem essa ajuda a gagueira poderá realmente afetar seu desempenho na escola e seu bem-estar pessoal.
Algumas atitudes fazem por agravaro quadro da gagueira gerando um impacto negativo como, por exemplo: falar para a criança parar de gaguejar, pensar antes de falar, respirar, ter calma, começar a frase de novo, mudar seu tom de fala, sugerir que a criança evite as palavras difíceis, responder pela criança ou completar suas frases. Além disso, demonstrar estar desconfortável, impaciente ou irritado com a forma da criança falar pode ser tão prejudicial como fingir que a disfluência não existe.
Não espere, procure o quanto antes o suporte profissional - Procure por seu fonoaudiólogo!!
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