Seu filho anda voado em sala de aula??Leia este artigo..
Processamento Auditivo Central é um conjunto de processos e mecanismos que ocorrem dentro do sistema auditivo em resposta a um estímulo acústico e que são responsáveis pelos seguintes fenômenos: localização e lateralização do som; discriminação e reconhecimento de padrões auditivos; aspectos temporais da audição, incluindo resolução, mascaramento, integração e ordenação; performance auditiva com sinais acústicos competitivos e com degradação do sinal acústico (ASHA, 1995).
As características mais comuns dos indivíduos com o Transtorno são:
- Dificuldade em compreender a fala na presença de ruídos e/ou em grupos;
- Tempo e atenção curto (reduzido);
- Ansiedade e estresse quando escuta;
- Facilmente distraído;
- Dificuldade em seguir direção;
- Dificuldade para lembrar informações auditivas;
- Pior habilidade de fala, linguagem escrita e/ou leitura;
- Comportamento impulsivo;
- Dificuldade de organização e sequenciação de estímulos verbais e não-verbais;
- Utilização de pistas visuais para compreender a mensagem falada;
- Tempo e latência aumentado para emissão de respostas;
- Respostas inconsistentes aos estímulos auditivos recebidos.
A alteração do processamento auditivo central se refere a um transtorno auditivo em que há impedimento da habilidade de analisar e/ou interpretar padrões sonoros. As habilidades testadas são:
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Localização sonora: habilidade de localizar auditivamente a fonte sonora;
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Síntese binaural: habilidade de integrar estímulos incompletos apresentados simultaneamente ou alternados para orelhas opostas;
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Figura-fundo: identificar mensagem primária na presença de sons competitivos;
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Separação binaural: habilidade para escutar com uma orelha e ignorar a orelha oposta;
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Memória: habilidade de estocar e recuperar estímulos;
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Discriminação: habilidade para determinar se dois estímulos são iguais ou diferentes;
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Fechamento: habilidade para perceber o todo quando partes são omitidas;
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Atenção: habilidade para persistir em escutar sobre um período de tempo;
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Associação: habilidade para estabelecer correspondências entre um som não lingüístico e sua fonte.
Um transtorno no processamento auditivo central só pode ser detectado por meio de testes específicos que avaliem a função auditiva central.
A queixa mais característica desse transtorno, entretanto, é a dificuldade de ouvir em ambientes acústicos desfavoráveis (ruidosos, com vários interlocutores ou com distorção da mensagem falada), na presença de avaliação audiológica básica dentro da normalidade.
TRATAMENTO:
O fonoaudiólogo ao preparar um plano de terapia para as alterações do processamento auditivo central deve ter como objetivo principal criar condições para que o indivíduo possa se reorganizar quanto aos aspectos envolvidos na comunicação no que se refere a utilização dos fonemas, da prosódia e das regras da língua. Para cada tipo de alteração pode se organizar uma proposta de fonoterapia enfatizando alguns aspectos que deverão ser predominantemente treinados.
A estimulação adequada reforçará as conexões neurais da criança, consequentemente fortalecerá os processos e habilidades auditivas, além de facilitar as estratégias de compensação. Na terapia fonoaudiológica deve enfatizar os aspectos de síntese fonêmica para promover a consciência fonológica; estimulação mono e binaural; habilidade auditiva de figura-fundo para dessensibilização da fala em presença de ruído.
É através do treinamento auditivo que o fonoaudiólogo desenvolverá as habilidades prejudicadas, melhorando a percepção da fala e, consequentemente, aumentando sua competência comunicativa.
ORIENTAÇÕES DE COMO PAIS E PROFESSORES PODEM AJUDAR:
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Antes de começar a falar, chame, olhe ou toque a criança, garanta que ela está olhando para você;
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Fale mais alto, sem gritar, olhando para criança de frente;
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Fale pausado, mais articulado;
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Repita a ordem várias vezes, garanta que a criança entendeu, pedindo que ela repita o que deve ser feito;
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Use frases mais curtas;
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Adicione palavras diferentes às da criança, ampliando o vocabulário dela;
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No início diminua os barulhos da casa (desligar rádio, TV) ou da sala de aula (pedir silêncio, fechar a janela quando possível), enquanto se fala com a criança;
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Criar situações de comunicação com seu filho pelo menos 30 minutos por dia;
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Contar histórias, cantar músicas, perguntar sobre atividades do dia.
Para saber mais, entre em contato com a Drª. Thais Diniz de Carvalho e Souza na Bless Clínica de Lavras, pelo: 35 3821 7156
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